A
alfabetização digital é a iniciação ao uso e à compreensão dos recursos da
informática, sendo imprescidível aos programas de inclusão digital.[1]
Através da
alfabetização digital a
criança ou o adulto toma conhecimento das possibilidades fornecidas pelo mundo cibernético. A alfabetização visa capacitar o indivíduo ao uso de
editores de texto,
planilhas, navegação e pesquisa na Internet, aprender a encontrar e aplicar o que deseja ou precisa.
A eficácia dos programas ou políticas de alfabetização digital depende de uma integração das diversas partes da sociedade: o
governo, a iniciativa privada e o setor acadêmico.
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A partir do investimento em alfabetização digital podem-se garantir um
melhor aprendizado escolar, oportunidades de futuro e emprego para a
população e maiores perpectivas para o desenvolvimento da sociedade em
geral.
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Tecnologias Assistivas[4]
Diariamente observamos pessoas ao nosso redor vivenciando a exclusão social. Os pobres, os negros, as mulheres, os idosos, os portadores de deficiência, dentre tantos outros excluídos, sofrem na luta diária por seus direitos constitucionais de ir e vir, de ter acesso à saúde, ao trabalho, à educação, à cultura, à moradia e ao lazer, que são na realidade, direitos inarredáveis e indivisíveis, característicos dos regimes políticos democráticos.[4]
Leis são criadas, atos de caráter administrativos são editados – com o objetivo de permitir a correta aplicação das leis – mas apesar de tudo, constatamos que a sociedade exclui aqueles que ela não considera como iguais. Todavia, a diferença das pessoas, seja pela idade, deficiências, raça, gênero ou condição econômica, não diminui seus direitos; elas gozam de todos os direitos assegurados na legislação brasileira.
Hoje em dia, pensar na construção de uma sociedade para todos, significa lidar com a diversidade humana e acreditar em princípios norteadores de eqüidade e solidariedade, para se criar no seio do povo, atitudes que ajudem a edificar uma sociedade mais justa e equânime.
A ciência e a tecnologia nos tempos atuais inserem-se na vida de todos nós. A solução de problemas sociais que afetam o nosso país tem nelas um aliado imprescindível. Além da geração de novos conhecimentos, a ciência e a tecnologia devem estar a serviço de inovações tecnológicas que gerem riquezas, que torne o país cada vez mais competitivo, mas fundamentalmente, que contribuam para elevar o bem-estar de toda sociedade. Apesar do Governo Federal investir na tecnologia digital da educação e da inclusão, muito ainda precisa ser feito em relação a Tecnologias Assistivas.
Um ramo da ciência voltado para a pesquisa, desenvolvimento e aplicação de instrumentos que aumentam ou restauram a função humana e que necessita urgentemente ser fortalecido no Brasil é a Tecnologia Assistiva (TA).
Tecnologia Assistiva, também denominada de
Adaptativa ou Ajuda Técnica, é toda aquela desenvolvida para permitir o aumento da autonomia e independência de idosos e de pessoas portadoras de deficiência em suas atividades domésticas ou ocupacionais de vida diária.
A aplicação de Tecnologia Assistiva abarca uma série de possibilidades do desempenho humano, desde tarefas básicas de autocuidado (mobilidade, comunicação, manutenção do lar, preparo de alimentos, tarefas ocupacionais), até atividades de lazer e de trabalho.
A obtenção de autonomia, ou a máxima autonomia possível, é com certeza, um dos caminhos para a perfeita integração social dos idosos e das pessoas portadoras de deficiência e deve, portanto, constituir-se em premissa para qualquer intervenção em matéria de reabilitação e inclusão social.
Estamos falando de um enorme contingente de brasileiros que podem e devem se beneficiar de tal tecnologia. Segundo o documento Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE (2003), havia no país em 2002, mais de 16 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, representando 9,3% do total de habitantes. Quanto às pessoas portadoras de deficiência, esse grupo social representava 14,5% da população brasileira em 2000, segundo o Censo Demográfico 2000 também elaborado pelo IBGE.
Infelizmente, o uso de Tecnologias Assistivas no Brasil ainda é restrito, tanto para instrumentos de alta tecnologia, como para os menos sofisticados, os que auxiliam a realização das atividades do dia-a-dia (higiene pessoal, alimentação, vestuário, manuseio de livros, manuseio de telefones, escrita, etc). Os motivos são os mais variados: falta de conhecimento do público usuário a respeito das tecnologias disponíveis; falta de orientação aos usuários pelos profissionais da área de reabilitação; alto custo; carência de produtos no mercado; falta de financiamento para pesquisa; dentre outros.
Entretanto, ao nosso ver, a ausência de uma política pública de incentivo ao desenvolvimento e à produção de Tecnologia Assistiva no Brasil, contribui fortemente para que a sociedade em geral desconheça o potencial dessa tecnologia para a autonomia de idosos e de pessoas portadoras de deficiência e sua real contribuição para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.
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TA para escrita |
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Tecnologia assistiva de baixo custo |
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TA inclusão social |
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TA escola |
Referências
- ↑ "Computador Para Todos" exclui iniciativas de alfabetização digital. Folha de S. Paulo (19/07/2005). Página visitada em 09/10/2012.
- ↑ Alfabetização digital. JB Online (02/10/2003). Página visitada em 09/10/2012.
- ↑ Desafio da alfabetização digital, artigo de Michel Levyopjujhy. Jornal da Ciência (13/08/2008). Página visitada em 09/10/2012.
- COUTINHO. Gilma Corrêa. Terapia Ocupacional e Tecnologia Assistiva para a Comunidade. 12/10/2012